segunda-feira, 16 de maio de 2011

PLANEJAMENTO FAMILIAR - ESTUDO 1

Estudo 1 — Filhos, Um Dom de Deus
Texto-Base: Salmos 127, 3-5
Textos para Meditação Semanal:
2ª Feira: Gênesis 1.28,31            5ª Feira: Jó 10,10-12
3ª Feira: I Pedro 3.7                     6ª Feira: Gênesis 16.2
4ª Feira: Gênesis 4.1                    Sábado: Salmos 128.3
INTRODUÇÃO:
                Iniciaremos nossa série de estudos sobre planejamento familiar compartilhando um pouco daquilo que as Escrituras nos ensinam sobre os filhos, com o fim de entender melhor os cuidados e precauções exigidos pelas circunstâncias de nossos dias, sem contudo, ferir os princípios das Sagradas Letras.

I. — O Dom da Vida

                A palavra de Deus, em sua primeira página, registra que, imediatamente após a criação do homem e sua mulher, o Criador expediu-lhes a primeira ordem: “- Frutificai e multiplicai-vos...” (Gen 1.28). Lembrando que naquela passagem o Senhor está falando com o homem em seu estado original, sabemos que tudo foi criado em tamanha perfeição, que agradou ao próprio Deus: “Viu Deus tudo o que tinha feito, e que era muito bom...” (Gen 1.31).
                Assim sendo, um dos elos que ainda nos ligam ao homem original é o dom da procriação, concedido num contexto de perfeição de imagem e semelhança, e mesmo tendo adicionado ao processo a dor de parto após o pecado do homem, Deus ainda conservou nele e em sua adjutora, a habilidade de se multiplicar, ou seja, de gerar um novo ser humano, mortal no corpo, mas eterno no espírito.
                Examinando I Ped 3.7, onde o assunto é coabitação, ou seja, a vida íntima do lar, encontramos na ordem que o homem recebeu de tratar a mulher com dignidade, o argumento “...como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida...”, parecendo sugerir a realidade da parceria, entre o homem e a mulher, no dom da procriação.

II. — Um sinal do favor de Deus

                Quando Eva teve seu primeiro filho, ela exclamou: “- Alcancei do Senhor um homem” (Gen 4.1), bastante diferente da forma como algumas mulheres, ou alguns casais, encaram uma gravidez hoje em dia.
                Desde os tempos antigos, sempre se creu que o Senhor, acima do homem e da mulher, era o responsável pela formação de um filho no ventre materno (Jó 10.10-12), o que fundamentou a crença de que os filhos eram sinal do favor e aprovação de Deus à união de um casal. Este pensamento era tão forte na antiguidade que, a mulher que não conseguia ter filhos, se considerava amaldiçoada por Deus, de modo que, nestes casos, suas escravas lhes davam seus filhos (Gen 16.2).
                Nos tempos do Antigo Testamento a medida das bênçãos de Deus a uma família se avaliava pela quantidade de filhos que esta tivesse alcançado, quanto mais numerosos mais abençoada se considerava aquela casa. Encontramos diversas passagens bíblicas onde este conceito aparece direta ou indiretamente, como em Salmos 127.3-5 e 128.3 (a frase “gravidez indesejada” era rara naqueles tempos).
                Atualmente, muitos consideram os filhos como “uma grande responsabilidade”, “um peso” ou até “um acidente”, mas a Bíblia os apresenta como sendo “uma bênção”, e nesta forma de consideração, leva-se em conta que os pais são aqueles que buscam fazer de seus filhos indivíduos que darão continuidade ao seu trabalho de preservar o bom nome da família e a viver de modo a beneficiar o lar e a sociedade onde vivem, para o que, sem dúvida, será necessária a busca e a aplicação sistemática de métodos eficazes e dignos de um lar cristão.
                Ninguém pode negar as lutas e as dificuldades que norteiam a criação dos filhos e a sua preservação nos caminhos de Deus, mas nenhuma delas é suficientemente forte para que não os desejemos; cedo ou tarde todos os homens e mulheres são tomados de uma vontade inevitável de tê-los, pois esta instrução está dentro de seus seres, escrita por Deus desde a Criação.

III. — A Vontade de Deus dentro de nós

                O Senhor colocou dentro de todas as criaturas, inclusive no homem, um senso de auto-proteção que lhe proporciona prazer e contentamento todas as vezes em que cumpre uma necessidade biológica ou fisiologicamente correta. Um bom exemplo é a procriação.
                Quando uma pessoa gera um filho, num contexto de equilíbrio que começa desde um namoro decente, um noivado exemplar e um casamento que Deus possa abençoar, o novo ser não poderá trazer outra coisa senão um grande contentamento e satisfação interior aos seus pais.
                Podemos dizer que se a geração de algum filho for considerada como indesejável ou como “um acidente” , certamente em algum ponto, houve ou está havendo, a busca de interesse próprio, de um ou de ambos num casal.
                Como dissemos antes, gerar filhos está dentro da essência de todo ser humano, e aqueles que erram nos primeiros passos de preparação, como na formação conjugal adequada ou na busca do ambiente doméstico do lar, onde eles são previstos, acabam por despencar em situações embaraçosas e desprovidas de uma estrutura moral íntegra.
                Como exemplo prático, temos visto no mundo, mulheres famosas, ricas, empresárias e até de carreira política, aparecendo em conceituadas entrevistas, declarando que sua próxima conquista será ter um filho, sendo ainda solteiras. Certa apresentadora de TV declarou, inclusive, que “se não se apaixonar por ninguém”, terá um filho de proveta, mostrando como é real e forte aquele desígnio de Deus, escrito em todos os seres humanos.
                Outra realidade prática, menos afortunada, mostra mulheres, em muitos casos, sem estabilidade financeira, mental e espiritual, com a mesma ambição, mas que nos melhores exemplos, obrigarão seus pais, muitas vezes já amortecidos pela idade, a criar os netos, ou farão com que sejam criados por terceiros, quando não os jogam num saco de lixo escolhido por elas mesmas ou por alguma “clínica especializada”.
                Tudo isso não passa de frutos da desobediência, do egoísmo e da insubordinação do homem ímpio às ordens de Deus (Provérbios 4.19). É mais promissor então, suportar os desafios e dificuldades da vida cristã normal, mas colher ao final, como frutos, filhos abençoados por Deus, e perto de nós, ao redor de nossas mesas (Salmos 128.3,4).

Conclusão

                É vontade de Deus que o homem procrie sob sua bênção e vontade e de modo que consiga ver como os olhos d’Ele a realidade do dom da procriação.
                Hoje, num século em que os homens e as mulheres se ocupam cada vez mais com seus negócios e sua projeção pessoal, muitos têm riscado a palavra “filhos” de suas vidas, sem saber que mais tarde muitos deles acabarão por tê-los em circunstâncias difíceis e desestruturadas, que deixarão como herança, marcas amargas que carregarão pelo resto de suas vidas.
                Os servos de Deus devem entender isto, lembrando que a Palavra de Deus nos induz sempre ao equilíbrio e à boa administração dos dons que ele nos concede, entre os quais, a procriação.
                Desta forma, encerramos nosso primeiro ensino sobre planejamento familiar, resumindo que o primeiro passo nesta matéria consiste em que todo casal, desde o namoro, inclua o fator “filhos” em seus planos, com o fim de que os tenham em número, época, circunstâncias e recursos, adequados e previamente planejados.

Perguntas para Revisão
1. Assim que Deus criou o homem e a mulher, qual foi a primeira ordem de Deus a eles?
2. Qual é o dom que representa um elo entre nós e nosso estado original (homem original)?
3. Relate um fato que acontecia nos tempos do VT quanto às mulheres que não conseguiam conceber?
4. Qual é a instrução escrita por Deus na essência do homem desde a Criação?
5. Quando a geração de um filho é considerada indesejável ou “um acidente”, o que deve estar acontecendo?


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